"Sempre que eu leio sobre os males da cerveja, eu paro... de ler!"

"Give a man a beer, he'll waste an hour. Teach a man to brew and he'll waste a lifetime".

sábado, 3 de novembro de 2012

Monk's Café


Perdi muitas fotos, inclusive as do Monk's Café. Esta foi encontrada na busca do Google.

Como você imagina que seria o Paraíso dos amantes de cerveja? A não ser que você imaginou aquelas utopias das propagandas das cervejas da Ambev, que acertam na praia e na mulherada, mas pecam feio na qualidade do líquido sagrado, você há de convir comigo que, qualquer que sejam os outros aspectos deste paraíso, ele precisa ter muitas torneiras ligadas a barris de todas as cores, aromas e sabores.
Enquanto essa terra que mana cerveja e mel não chega, a gente precisa buscar na terra lampejos que nos permita experimentar uma dose mínima de participação neste transcendente. Para isso você tem, na esquina da Spruce St. com a 16th St., na cidade da Philadelphia, um bar chamado Monk’s Café.
Se aquele não é o paraíso dos cervejeiros, é a porta de entrada.

Imagina um menu com mais de 300 cervejas disponíveis de uma só vez e cuja rotação seasonal faz com que sejam oferecidas mais de 400 tipos diferentes durante o ano! E, o melhor, você não encontra nenhuma – eu disse NENHUMA! – cerveja tipo pilsen popular, como Heineken, Stella, Budweiser, Miller. Como eles dizem, não precisam inflar o tamanho do menu com essas merdas! São todas cervejas gourmet, de alta qualidade, por um preço bem camarada.
É o tipo de lugar que você precisa voltar várias e várias vezes e, mesmo assim, fica com a sensação de que não provou nada. Para mim, no tempo em que vivi na cidade, Monk’s Café era lugar de comemoração de qualquer coisa por qualquer motivo. Fui ao bar incontáveis vezes, mas deixei a cidade com a impressão de que não o aproveitei de verdade.
Monk’s é considerado um dos cinco melhores lugares do mundo para se tomar uma cerveja. Um dos seus donos, Tom Peters, é Cavaleiro da Belgian Brewers Guild desde 2004 e Embaixador da Ordem Trapista Orval desde 2008, experiência que ele deposita com gosto no menu do bar.

Como toda taverna que se preza, eles têm a própria cerveja (contract beer), a Monk's Café Flemish Sour Ale (ABV 5,5%). Foi após provar esta cerva que decidi incluir sour ale entre meus tipos de cerveja favoritos. É uma cerveja muito famosa em todo o país, no bojo da fama do próprio bar. Feita para ser uma mistura de conceitos antigos e modernos, esta cerveja é meio unidimensional, que lembra uma cidra. Tem um aroma acre e azedo, coloração vermelho escuro, espuma cremosa e uma acidez meio láctea. No inicio, tem um sabor azedo quase bolorento com um toque de caramelo e cereja azeda. Termina seco e refrescante. Tem um sabor final mais frutado que azedo, o que dá uma drinkability maior. 

O cardápio é totalmente voltado para os amantes de cerveja, sendo que todos os pratos levam cerveja como ingrediente, no melhor estilo “cuisine a la biere”. O serviço é bem amigável e especializado, tanto que alguns garçons sabem de cor todas as cervejas disponíveis.
Mesmo assim, por 2 vezes fui à taverna em busca de cervejas em especial e não encontrei. Uma delas, se bem me recordo, era a Lefebvre Hopus Ale. Como eu disse, ainda não é o paraíso transcendental...
Se for pedir algo para comer (pecador!), experimente o mexilhão ou o sanduíche de porco desfiado.

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